quinta-feira, 13 de dezembro de 2012



Vamos dar um exemplo simples.
Imagine que você abriu uma empresa de construção e foi contratado pelo governo para construir mil casas em um ano, ganhando R$ 50 milhões. Você assinou um contrato em que fica garantido, automaticamente, o seu direito de, depois de um ano, renová-lo por mais um ano nas mesmas condições, ou seja, recebendo R$ 50 mil por cada casa. Com esta garantia, você contrata trabalhadores, faz empréstimo em banco para levantar recursos e compra máquinas, já que você tem um faturamento garantido por dois anos negociado legitimamente com o governo.
Mas, depois de alguns meses, quando o contrato estiver para vencer, o governo te procura e diz que se você quiser renovar, ao invés de R$ 50 mil, ele só vai pagar, digamos, R$ 16 mil por cada casa, mas você terá que continuar fazendo a mesma coisa. Você alega que o contrato foi firmado de maneira legítima e de boa-fé entre as partes e que, ao agir assim, o governo está quebrando o contrato e que, com esse valor, é impossível entregar as mil casas e manter todos os empregados trabalhando. Substitua as casas por energia e você vai entender o que, de certa forma, está acontecendo. Dá para construir alguma coisa assim?

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